Os elementos são datáveis da época moderna, com fragmentos enquadráveis no século XVI (louça malegueira, e peças com abas triangulares) e com faianças decorados que apontam para uma cronologia da segunda metade do século XVII. O conjunto remete para um contexto de utilização doméstico, pela presença de cerâmica comum (louça de cozinha e de armazenagem) e louça de mesa (faiança).
Os depósitos arqueológicos com inclusão de cerâmica de cronologia moderna, postos a descoberto, apesar de se desconhecer a sua tipologia, encontram filiação cronológica nos contextos arqueológicos, de época moderna (mas com elementos mais antigos, medievais), que os trabalhos arqueológicos, que se têm vindo a realizar em diversos pontos da Vila de Óbidos, têm permitido registar.
Tal é o caso da Ruínas do Facho, onde se recolheram elementos cerâmicos da mesma cronologia, ou da Rua Josefa de Óbidos onde se registaram pavimentos que datam dos séculos XV/XVI, por certo relacionados com os Edifícios 1 e 2 da Casa do Pelourinho (Rua Direita), onde embora se tenham identificado silos medievais (séculos XII/XIII), as estruturas apresentam um diacronia que medeia entre os séculos XIV a XVI.
(In http://www.cm-obidos.pt/obidos/Arqueologia/Município de Óbidos).